Vereadores participam de blitz informativa sobre prevenção ao suicídio

A empatia e o diálogo são estratégias para salvar vidas. É nisso que aposta o grupo Informação Salva Vidas, que em mais uma no se soma aos esforços da campanha Setembro Amarelo. Por esse motivo, foi realizado nesta terça-feira, 12/09, uma blitz educativa. 

Voluntários de diferentes instituições entregaram panfletos em pontos de movimento na cidade, como a Rua XV de Novembro, Avenida Moacir Júlio Silvestri e Avenida Manoel Ribas. Entre os participantes estavam alunos da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), Rotary Clube Guarapuava Lagoa, Sindicato Rural de Guarapuava, Cáritas da Diocese de Guarapuava, grupo Mulheres Empreendedoras e o Poder Legislativo Municipal, que teve a presença de servidores e dos vereadores Márcio Carneiro (Cidadania) e Cezinha Malusa (Podemos) e das vereadores Professora Terezinha (PT) e Bruna Spitzner (Podemos).

A ideia era atingir não só as pessoas que por ventura estivessem com problemas relacionados à saúde mental, mas também quem faz parte de suas redes de apoio. O conteúdo presente na abordagem busca atentar para o fato que depressão não é drama ou frescura. 

Além disso, o material evidencia os sinais de alerta que podem indicar que crises ou situações que podem levar ao suicídio. Por fim, há também maneiras de como procurar ajuda, inclusive na rede pública de saúde.

Conversar e ouvir como formas de prevenção

Ana Scatolin, é a representante do Rotary Clube Guarapuava Lagoa no Informação Salva Vidas e foi uma das coordenadoras da ação. Ela lembra que a data foi escolhida por sua proximidade com o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, lembrado no último domingo, 10/09. “Essa ação é pra gente dar a mão pras pessoas que estão em depressão pra falar assim, olha, tem solução, tem ajuda, tem atendimento e atendimento gratuito”, explicou.

Ainda de acordo com a voluntária, além de buscar acolhimento nos órgãos ligados à saúde pública, indivíduos em sofrimento podem conversar com atendentes do CVV, pelo telefone 188. “É um número de telefone que a pessoa liga e pode conversar, desabafar, então é muito importante que a gente dê a mão para essa situação difícil que é uma doença silenciosa”, ponderou Ana Scatolin.

O estudante de medicina da Unicentro, João Henrique Stankiewicz, foi um dos voluntários na blitz educativa. Ele acredita que campanhas como o Setembro Amarelo  podem provocar mudanças importantes. “Traz uma conscientização e talvez traga mais para o debate público o tema. Eu acho importante porque se estimula a criar meios para se tentar diminuir isso, e também incentivar assim a cultura de autocuidado e cuidado com as pessoas próximas”, refletiu o futuro profissional da saúde, que deseja seguir carreira médica na área de psiquiatria.

Sinais de risco

Um indivíduo em sofrimento pode demonstrar sua situação pela maneira de agir. Fique atento aos seguintes sinais

Expressões/fala

• Vou desaparecer;

• Vou deixar vocês em paz;

• Eu queria poder dormir e nunca mais acordar;

• É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar;

• Ando pensando besteira;

• Sou um peso para os outros;

• Minha vontade é morrer. Era melhor se eu estivesse morto.

Atitudes e comportamento

• Mudança de comportamento: uma pessoa que era ativa pode demonstrar ter menos energia, chorar mais, ter menos motivação, conversar menos, ficar irritada com facilidade.;

• Isolamento: não atende  telefonemas, interagir menos nas redes sociais, fechar-se em casa, reduzir ou cancelar todas as atividades (principalmente aquelas que costumava e gostava de fazer);

• Fazer um testamento sem explicação;

• “Colocar algumas coisas em ordem”,  como dar e devolver bens.

Como agir

Ao presenciar uma pessoa em surto, em uma situação emergencial, a principal recomendação é ligar para o SAMU, pelo número 192, ou Corpo de Bombeiros, pelo 193.

Caso haja os sinais de suicídio, mas a situação não demonstre emergência, podem ser procuradas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) que deverão fazer o acolhimento e encaminhamento de cada caso.