Requerimento aprovado pede melhorias no diagnóstico e tratamento da endometriose em Guarapuava
Na sessão ordinária da última terça-feira (21/10), a Câmara de Guarapuava aprovou o Requerimento 501/2025, apresentado pelo vereador Gilson da Ambulância (PSB). O documento solicita que a Secretaria Municipal de Saúde desenvolva estudos e adote medidas urgentes voltadas à melhoria do diagnóstico e tratamento da endometriose na rede pública de saúde.
O requerimento propõe a implantação de protocolos específicos, a capacitação de profissionais da atenção básica para reconhecer os sintomas e o acesso facilitado a exames especializados, como ultrassonografia com preparo intestinal e ressonância magnética. O objetivo é reduzir o tempo de diagnóstico e garantir um tratamento multidisciplinar e eficaz às pacientes.
Demora e dificuldade no diagnóstico de endometriose

Gilson da Ambulância (PSB) é autor do Requerimento 501/2025. Foto: Diretoria de Comunicação.
Segundo o autor do requerimento, a iniciativa surgiu a partir de reclamações e relatos de moradoras da cidade que enfrentam demora e dificuldades para obter um diagnóstico preciso e um atendimento adequado. “A endometriose é uma condição crônica e debilitante que afeta uma parcela significativa da população feminina, resultando em dor severa, infertilidade e um impacto profundo na qualidade de vida pessoal e profissional. Atualmente, a demora no diagnóstico pode levar anos, agravando o quadro clínico e o sofrimento das pacientes”, destacou Gilson da Ambulância na justificativa.
Durante a discussão da proposta, a vereadora Professora Terezinha (PT) reforçou a importância do tema e mencionou que muitas mulheres a procuraram pelas redes sociais falando sobre as dificuldades do tratamento. “Estamos ainda no Outubro Rosa, e uma das consequências de uma endometriose não tratada pode ser o câncer de útero. Não adianta fazermos campanhas de conscientização, incentivando as mulheres a procurarem as unidades de saúde para realizarem exames, se elas não estão sendo atendidas”, afirmou.
O vereador Dr. Rodrigo Crema (Republicanos) esclareceu que a doença pode ser tratada de duas formas: clínica e cirurgicamente. Ele destacou que a responsabilidade pelo tratamento cirúrgico cabe ao Estado, enquanto o acompanhamento clínico deve ser oferecido pelo município, abrangendo exames, acompanhamento e prognóstico.











