Menor tarifa e obras são exigências da região para novo modelo de pedágio

por Imprensa publicado 18/02/2021 17h27, última modificação 18/02/2021 17h27
Este é o consenso entre os representantes públicos, representantes da sociedade civil organizada e do setor produtivo das regiões Centro-Sul e Centro-Oeste do Estado

A Audiência Pública realizada hoje, 18 de fevereiro, na Câmara Municipal de Guarapuava pela Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná deixou clara a posição de toda a região de Guarapuava com relação ao novo modelo de pedágio do Governo Federal: exigência de menor tarifa e obras nas rodovias.

Este é o consenso entre os representantes públicos, representantes da sociedade civil organizada e do setor produtivo das regiões Centro-Sul e Centro-Oeste do Estado, que aproveitaram a oportunidade para entregar aos Deputados integrantes da Frente Parlamentar uma carta assinada por 30 instituições, apontando contrariedade ao modelo de leilão híbrido de outorga onerosa.

“Nós precisamos fiscalizar os novos contratos, e essa união de forças, essa conversa entre as lideranças do Estado é muito importante. Não podemos deixar fazer o que já fizeram nos últimos anos”, ressaltou o Presidente do Legislativo Municipal, Vereador João Napoleão.

No documento os representantes solicitam, ainda, para o próximo contrato de concessão de rodovias a duplicação total da BR-277, realização de obras principais durante o primeiro quarto de tempo de contrato, garantia à execução dessas obras, melhorias e intervenções nos trechos urbanos e rurais e redução do degrau tarifário, além de outros pontos.

Modelo

O modelo proposto pelo Governo Federal prevê um investimento de R$ 42 bilhões nos 30 anos de concessão. Serão implementadas 42 duas praças de pedágio, sendo 15 no Paraná, com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) regulatória adotada de 8,47%. Ocorre que muitas obras previstas até o final do atual contrato não foram realizadas ou foram suprimidas, como duplicações de rodovias e construção de trevos e contornos.

Custo alto

De acordo com representantes de federações e sindicatos dos transportes, o pedágio é um valor que encarece o produto e que poderia ser investido no desenvolvimento da região. “São as empresas de transporte que pagam a metade do pedágio no Paraná. Não suportamos mais as tarifas altas. Não aceitamos o modelo outorga onerosa, queremos uma tarifa justa e nunca ao degrau tarifário”, disse o presidente da Fetranspar, Coronel Sérgio Malucelli.

Participações

Além de Vereadores, participaram da Audiência Pública o Prefeito de Guarapuava, Celso Góes, os Deputados Estaduais Cristina Silvestri e Artagão Junior, além dos demais Deputados membros da Frente Parlamentar, Deputados Federais, Prefeitos e Vereadores da região e representantes de sindicatos, associações e cooperativas.